Galera, esse é o meu primeiro post propriamente dito aqui no blog, e como estamos chegando ao fim do ano, nada mais justo do que fazer uma análise de 2013 no que diz respeito à música. As nomeações para o Grammy, que aconteceram na semana passada, ajudam a confirmar o que foi dito no título desse post: ninguém brilhou mais esse ano do que o rap, o duo francês de música eletrônica e o cantor/produtor/multi-instrumentista.
Entre o final de 2012 e o final de 2013, o mundo do hip-hop viveu um momento de glória que a muito não vivia. Nesse período de tempo, as três maiores estrelas do estilo - Jay Z, Kanye West e Eminem - lançaram seus novos discos, respectivamente, "Magna Carta, Holy Grail", "Yeezus" e "Marshall Mathers LP 2". Se o álbum de Jay Z não foi um dos melhores da sua carreira, teve músicas muito boas, como as indicadas ao Grammy, Holy Grail e Tom Ford, além de Oceans e algumas outras. Os outros dois, no entanto, foram bem recebidos pela crítica, principalmente o Yeezus de Kanye, que é repetidamente colocado entre os três melhores álbuns do ano, mas que foi "ignorado" pela Academia de Gravação. Além desses três gigantes, tivemos o lançamento do novo disco do Drake, estrela em ascensão, que está muito bom e mostra bastante do talento e versatilidade do rapper canadense.
No entanto, a melhor coisa que aconteceu durante esse período foi o lançamento de álbuns de três novos artistas do jogo, que mostraram uma renovação muito importante para o gênero. São eles o "The Heist", de Macklemore e Ryan Lewis; o "Born Sinner", do J Cole, e o "Good Kid, M.a.a.d. City", do Kendrick Lamar. O primeiro rapper, Macklemore, surgiu na internet, com um rap muito bem produzido por seu parceiro Ryan Lewis, que tem como diferencial as letras com conteúdo crítico muito elevado, criticando o consumismo exagerado, como em "Thrift Shop" e "Wings", e a homofobia em "Same Love", além de experiências pessoais do rapper com seus vícios, que são retratadas em outras músicas do disco. J Cole e Kendrick já eram relativamente famosos antes de lançarem seus discos de estreia por terem participado de músicas de outros nomes já consolidados no mundo da música, mas com seus primeiros álbuns, mostram todo seu talento, principalmente em relação ao flow e à lírica, dando novo fôlego ao estilo que há tempos não tinha uma safra tão talentosa surgindo.
A consagração desse ano espetacular para o rap veio nas indicações ao 56º Grammy Awards. Os artistas de rap figuraram com sobras entre os maiores indicados a prêmios, com grande destaque para Jay Z, líder de indicações, com 9, além de Kendrick Lamar e Macklemore, com 7 cada um. Além desses, os outros dois nomes que mais brilharam em 2013 também aparecem com 7 indicações: Daft Punk e Pharrell.
Após um bom tempo sem lançar nada inédito, o duo francês voltou às paradas com o disco "Random Acess Memories", que é favorito ao prêmio de álbum do ano do Grammy. E foi deste álbum que surgiu a música de 2013, Get Lucky, que tem participação do Pharrell e também do ex-guitarrista do Chic, Niles Rogers. A música foi, sem dúvida, a mais original e ao mesmo tempo nostálgica dos últimos anos, unindo a atmosfera disco dos anos 80, com a guitarra de Niles, e a modernidade da música eletrônica, com os efeitos sonoros produzidos pelos franceses. A álbum tem diversas outras músicas excelentes, como "Lose Yourself to Dance", tb com Pharrell e Niles Rogers, e "Instant Crush", com o vocalista dos Strokes, Julian Casablancas. Get Lucky é, assim como o álbum em que se encontra, favorita em todas as categorias em que disputa.
Pharrell, além de participar da melhor música do ano, também participou do outro megahit de 2013, Blurred Lines, de Robin Thicke, que tem participação do rapper T.I.. A música, com letra e clipe muito controversos, foi tão ou até melhor sucedida comercialmente que Get Lucky, e mostra que Pharrell é um dos Midas da indústria da música, transformando tudo o que tocam em ouro.
Pharrell, além de participar da melhor música do ano, também participou do outro megahit de 2013, Blurred Lines, de Robin Thicke, que tem participação do rapper T.I.. A música, com letra e clipe muito controversos, foi tão ou até melhor sucedida comercialmente que Get Lucky, e mostra que Pharrell é um dos Midas da indústria da música, transformando tudo o que tocam em ouro.
Outros nomes também se destacaram demais no ano que vai se encerrando, notoriamente, o "showman" Justin Timberlake, que voltou a lançar um disco, o "20/20 Experience", emplacando hits como Suit & Tie, com Jay Z, Mirrors e Take Back The Night, além de uma apresentação histórica no VMA, e um show espetacular no Rock in Rio, e a revelação neozelandesa de apenas 17 anos Lorde, que tomou conta do primeiro lugar das paradas por um bom tempo com seu hit anti-pop Royals.
Há de se fazer menção ainda à Bruno Mars, que se consolidou como uma superestrela do pop com seu 2º álbum, "Unorthodox Jukebox", e ao retorno de grandes nomes do rock, como Paul McCartney, David Bowie e o Black Sabbath.
Na próxima postagem (essa já está enorme) falo melhor sobre as indicações e palpites para as principais categorias do Grammy.
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