Quando peguei
este livro pela primeira estava procurando uma leitura um pouco menos densa, já
que tinha acabado de ler o quarto livro da série “Torre Negra” do Stephen King (quando
eu concluir a série também pretendo escrever sobre ela), acabou que me surpreendi
positivamente com este livro, que é o primeiro, mas não o único, do escritor Joe
Hill.
A estrada da
noite conta a história de Jude Coyne, um roqueiro de meia idade, com uma certa
queda por garotas góticas (aqui personificada na figura de “Georgia”) e por
objetos macabros. Esta sua paixão por essa coleção de objetos o faz comprar na
internet um fantasma, acompanhado de seu terno, o objeto que o prende ao
mundo dos vivos.
Ao receber o
terno e o fantasma, que logo no começo descobrimos ter sido enviado por uma
pessoa que participou da sua vida, como uma forma de vingança, diversos
acontecimentos bizarros e assustadores passam a acontecer na vida do nosso
personagem principal.
Duas coisas
me impressionaram neste livro e dificultaram o meu afastamento dele, tendo o
lido em menos de uma semana.
Primeiramente,
apesar da sinopse inicial indicar que Jude Coyne é um personagem egocêntrico, o
livro nos mostra que debaixo desta casca, ele é uma pessoa como qualquer outra,
passível de erros, mas apaixonado por seus cachorros (característica que eu
passei a valorizar muito graças a minha namorada, rs), com um carinho muito
grande (seria amor?) pela sua “namorada” gótica e que as suas características
macabras não passam de fingimento para montar esse personagem roqueiro heavy
metal. Também passamos a conhecer a sua história de vida, a sua infância
sofrida, a sua relação com o pai, a morte de seus companheiros de banda, o
vício em drogas, entre outras diversas características que tornam esse
personagem singular e, podemos dizer, apaixonante.
Em segundo lugar, quando eu
peguei a sinopse e vi que era uma história de terror envolvendo fantasmas, já
imaginei a série de clichês hollywoodianos que estariam me aguardando, como
queda de panelas, barulhos de vento que seriam confundidos com fantasmas,
aparições em espelhos, dentre outras tantas cenas consagradas pela cultura pop,
mas não é isso que ocorre nesta obra.
Desde o começo nós já sabemos
quem é o fantasma e o que ele pretende com Jude, o que o torna muito mais
assustador. As técnicas usadas pelo espírito, um hipnotizador em sua vida
terrena, para aterrorizar e enlouquecer o seu algoz fogem do lugar comum,
tornando o livro um verdadeiro conto de terror, no sentindo literal da palavra,
o que torna a leitura uma experiência muito agradável para quem gosta de sentir
um friozinho na barriga e aquele medo de descer as escadas na madrugada.
Concluindo, eu recomendo
fortemente a leitura da “Estrada da Noite”, a primeira obra de Joe Hill, que
parece ter herdado do seu pai (ele é filho do Stephen King, informação que
aprendi no Wikipedia, rs) o dom para escrever contos assustadores e cativantes.
P.S: O meu nome é Víctor Sanches, tenho 22 anos, sou recém formado
em direito (leia-se desempregado) e pretendo escrever neste blog sobre
literatura e vídeo games, que são as minhas principais atividades de lazer no
momento, usadas como válvula de escápula para o estudo para concursos.
P.S²: Eu não tenho nenhuma formação em literatura ou em
tecnologia, portanto os meus textos serão apenas opiniões de um consumidor e a
minha visão leiga sobre o assunto.
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